quarta-feira, janeiro 28, 2004

Informo o Senhor Presidente do FCP que à excepção da maioria de trogloditas que fazem parte da sua claque oficial, os adeptos do FCP que sejam pessoas civilizadas podem sentar-se ao lado de outras pessoas civilizadas.

Em Alvalade já estive sentado ao lado de adeptos do SLB, do FCP, do Real Madrid, ... e informo-o que nunca assisti a nada que não fosse cordialidade.

Sobre o tema informo-o que a realidade nos Estádio das Antas é, infelizmente, diferente.

terça-feira, janeiro 27, 2004

"Confesso que não esperava que a solidariedade tivesse esta dimensão. De manhã fiquei sensibilizado com um adepto do Sporting, com mais de 50 anos, que me disse: 'Tenho este cachecol há mais de 20 anos e quero deixá-lo na mesa de condolências.' Esta atitude diz tudo, era uma pessoa que estava chocada." --Tinoco de Faria, vice-presidente do Benfica

Gostava muito de poder escrever neste magnifico blog mais vezes e até em português, mas a verdade é que não consigo traduzir parágrafos longos em inglês para português. Tenho três dicionários e mesmo assim tenho dificuldade. Peço desculpas a quem não intender e se tiverem algume problema, por favor mandem-me um e-mail.

Na comunidade Portuguese onde eu vivo nos Estados Unidos, se sente a dor da morte de Miklos Fehér. Os cafes que estavam a transmitir o jogo, tornarão-se silenciosos em choque. Também há muitas bandeiras do Benfica e camisolas do Fehér expostas nas montras por a Ferry Street acima. (Ferry Street é a rua principal em Newark)

First and foremost, let me explain why I?m writing about Feher?s passing. In America, soccer isn?t a sport of preference. Matter of fact, it is almost non existent. Nevertheless, Portuguese immigrants depend on soccer, literally, to feel closer to home. I live in a Portuguese/Spanish oriented community, therefore, soccer is the highest means of entertainment from our native countries. A sense of pride and contentment exists when one is watching a soccer game in the country that they are apart from. Thus, no matter what team won or lost, the immigrants here enjoy soccer all embracing. We don?t solely watch soccer when ?our? team is playing, we watch soccer games no matter what team is playing, from whatever country.

Ironically, there tends to be a glorious feeling in tragic events. It is an innate attempt to comprehend and be empathetic towards what happened and attain a point of ample understanding. More so when it brings people together. Perhaps because, initially, humans are rivals. And we are, unfortunately, not supposed to embrace each other and show emotion. It?s survival of the fittest out here. However, in moments of despair, we tend to halt contemporary society?s expectancies and become the humans that the many Bibles speak of.

As I look at the images of Miklos Fehér collapsing to the ground, I cannot help but imagine the same happening to someone I know. Primarily my brother, who plays soccer. If by watching such grief striking ordeal happen on the television and feeling the sickness and shock, imagine the pain that his family is still going through. This should make life a bit more clear for everyone, imperatively to soccer fans who feel as though it is part of the sport to condone rivalry. One death, this death of a young soccer player with the his future ahead of him, has doubtlessly changed not only a soccer club, Benfica, but Portuguese soccer. Perhaps because of his last smile or his eyes opening then closing them again, or just because it happened to us, in our country, on the grounds that we the fans admire, -- but what seems to be most afflictive was his age. Whatever it is we feel, this should open up the eyes of soccer fans, soccer players and executives. Soccer is a game, a competition, but at the end of each game, the players are no longer players, they are sons, parents, brothers, et cetera. They aim to go home and be with their families, like us. Much like when an opponent falls because of an adversary and the adversary gives a hand to help him up, that?s the foundation of the sport we call soccer. Yet, we don?t see it as so. We see it as, win or win, nothing in between. If a team doesn?t perform, it?s the players? fault, the coaches? fault. It?s never, ?you lose and you win.? However, I saw something different days that came after Miklos? passing. All of a sudden, the word soccer, in Portugal, pertained to all clubs united as one. One sole team.

I never understood why Benfica and Sporting were ardent rivals. They are the epitome of professional soccer in Portugal. The best players in the world come from these two teams. So, expectedly, when I saw Dias Da Cunha and Luis Filipe Vieira, two supposed rivals, hug each other profoundly, I caught myself emotional. It took a tragedy for two people to look at each other eye to eye, and express their humanistic side, the side that once existed when soccer originated. But that was not what made me reflect initially. I reflected because a life was lost, and in the moment I saw the images of all the players crying and praying on camp and how for one split second nothing mattered to them but their teammate and their opponent. No rivalry, no competition, no pushing, no remarks, no dirty looks, no goals. Just hope mixed with desperation. Players from Guimarães hugging players from Benfica, wiping tears away. When ever else does this happen? Unfortunately, hardly, if never.

Miklos Fehér will remain, in a sense a Portuguese soccer player. He came to Portugal as a kid and lived there many years. He will always be remembered not only by his last smile, or his last assist or playing for a great team, -- he will be remembered because he had incredible potential and a life full of possibilities in front of him. Unfortunately, all was halted at the tender age of 24.

I believe Benfica will continue his legacy. I believe Benfica will overcome this despite it being an inflicting psychological wound. I want to believe that as soccer fans, we will remain aware of what happened. I hope each time a fan has a fight with another fan or starts riots, they will remember the day that Portugal's many soccer teams came together as one. Yes, we all have a preference for a team. But we also have the tendency to forget that we all have the love for soccer in common. A young life lost, has created unity, the unity that takes us to games, which is, the love for soccer. Without players we wouldn't have soccer, so indeed Miklos Feher is a missing piece in the world of soccer.

I do not speak on behalf of masses because I simply don't feel entitled to do so, but on behalf of Sporting fans, we send our condolences to Benfica, the fans and Miklos Feher's family.

Miklos, jamais será esquecido. Não porque a sua jovem vida foi curta, mas porque ias um dia ser um grande jogadore. Sempre nos corações dos adeptos de futebol.

Miklos Fehér 1979-2004

domingo, janeiro 25, 2004

MIKLOS FEHÉR

Um dia muito triste para o desporto português com a morte deste jogador do Benfica, praticamente no estádio.

Paz à sua alma!
O bom de treinar o Ricardo Sá Pinto é que podemos estar descansados quanto à realização do seu potencial.
É dos poucos jogadores que jogam sistematicamente perto do seu limite como jogador.

Mesmo em má forma depois de lesões prolongadas, o esforço que põe em campo permite-lhe conseguir disfarçar o que em outros jogadores redundaria em banco ou não-convocação.

No jogo de ontem, uma boa desmarcação e um bom golo. Mas com a bola nos pés... será que voltará o Sá Pinto de sempre?

terça-feira, janeiro 20, 2004

E até ver funciona.
Pelo menos no último jogo em casa não se ouviram os ridículos insultos que uma das claques (a sul) costuma oferecer a quem nos visita.

Vamos esperar que isto se aguente, e que sobretudo as claques do SCP saibam reagir a quem não tem comportamento igual.

sexta-feira, janeiro 16, 2004

Protocolo entre Sporting e claques
Um acto histórico


As três claques organizadas do Clube assinaram na Academia Sporting um protocolo que enquadra a sua forma de funcionamento e os apoios da instituição “leonina”.

Em preparação há vários meses entre as partes, o documento estabelece os princípios que irão estabelecer o funcionamento e os apoios entre as claques, definidas como associações de adeptos, e o Clube.

O processo foi agora concluído, depois de as três claques existentes no Sporting se terem legalizado como associações, uma situação nova no desporto português. A Juventude Leonina, a Torcida Verde e o Directivo Ultras XXI são actualmente associações com existência jurídica, de acordo com os dispositivos legais existentes.

Ao aderirem ao protocolo, as associações de adeptos definem o seu vínculo ao Clube, em termos de direitos e deveres; o Sporting, por seu lado, define através do documento a sua relação e os parâmetros de apoio a estas associações.

A assinatura decorreu na Academia, com a presença de António Dias da Cunha, presidente do Conselho Directivo, José Eduardo Bettencourt, diversos administradores das empresas ligadas ao Sporting, e vários elementos dos três grupos organizados de adeptos “leoninos”. Após o cerimónia, todo o staff directivo das diversas áreas do Sporting, incluindo o treinador Fernando Santos, e os quatro capitães de equipa – Pedro Barbosa, Beto, Sá Pinto e Rui Jorge – almoçou com os líderes das três claques “leoninas”. No final, a satisfação era evidente entre todas as partes, até porque foi estabelecido um protocolo pioneiro no futebol português.

segunda-feira, janeiro 05, 2004

Notícia de Última Hora

O Governo de Portugal, pela pessoa do Exmº Sr. Primeiro-Ministro, Dr. Durão Barroso, decidiu ontem, pelas 23 horas, solicitar ajuda internacional urgente a diversos paises da União Europeia, bem como aos Estados Unidos, Japão e Rússia, para auxílio médico e apoio psicológico aos mais de 6 milhões de baixas graves, resultantes daquela que foi a segunda maior catástrofe humana na história do nosso país... depois dos 7-1, bem entendido!!!

domingo, janeiro 04, 2004

A estreia da nova "Catedral"

O primeiro Benfica-Sporting do novo Estádio da Luz acabou como deveriam acabar sempre, com a vitória da equipa leonina. E assim é só mais um ano de jejum para "6 milhões de portugueses"...o que vale é que só custam os 10 primeiros.
Preemptive post

Segundo uma suposta tradição, sobre a qual eu nunca vi estatísticas, dizem que o derby SLB-SCP é vencido pela equipa que estiver em pior momento.

Por alguma obscura razão o SCP é considerado como estando em pior momento, apesar da classificação dizer o inverso.

Quem está atrás está globalmente pior. Seguindo esta lógica e a supostamente existente tradição, o SLB deveria ganhar este jogo.

É possível...